Sintonizando com Dani Torres 2j1s3x ABRAMUS

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Sintonizando com Dani Torres 1t3l1n

Cada artista tem seu jeito de se expressar. Dani Torres escolheu explorar muitos. Reconhecido por suas atuações em “Nos Tempos do Imperador” e “Zé do Caixão”, ele agora revela uma nova faceta: a musical.

Em 2025, Dani deu o pontapé inicial no mundo da música com o single “Gostar Demais”. Escrita por ele, a faixa combina rock’n’roll e blues, traduz emoções intensas e revela um lado que, até então, era apenas um hobby.

Mas a trajetória está só começando. Ainda neste ano, Dani prepara o lançamento do seu primeiro álbum, “Implosão”, que promete levar sua conexão com a música ainda mais longe.

Vem sintonizar com Dani Torres!

Você construiu uma carreira longa e bem-sucedida na atuação, participando de sucessos como “Toma Lá, Da Cá” e “Pé na Cova”. Pode nos contar o que o motivou a dar esse o para a música? Houve algum momento decisivo que fez esse desejo se tornar realidade?

Minha relação com a música é ainda mais antiga do que com o teatro e a televisão. Mas, enquanto o lado ator seguiu um caminho profissional desde muito cedo, o lado músico ficou reservado como um atempo que sempre me fez muito bem.

Sempre gostei de ouvir música, desde pequeno. Toquei na bandinha da escola, e como minha família também é muito ligada à música, acabei herdando esse gosto. Depois que ganhei um violão dos meus pais, ei a gostar ainda mais de tocar e cantar — fosse sozinho no meu quarto ou com os amigos. Aliás, fiz muitas amizades graças à música. Laços que, infelizmente, se distanciaram durante a pandemia, um período muito difícil.

Nesse tempo, mergulhei ainda mais no estudo musical, algo que sempre gostei. Apesar de estar no ar com “Nos Tempos do Imperador ”, sentia que precisava de outra atividade além do trabalho para me manter bem. Quando a pandemia ou, eu já estava imerso na música como nunca antes.

Também senti os impactos daquele período. Perdi amigos para a COVID-19, me decepcionei com pessoas, sofri bastante no campo pessoal — e isso foi o estopim para eu começar a compor. Eu precisava encontrar uma forma de lidar com tudo aquilo, e como a música já era um espaço de alívio, foi nela que encontrei refúgio.

Sua estreia na música foi com o single autoral “Gostar Demais”, com uma sonoridade marcada pelo rock. Como foi o processo de criação dessa canção e o que te levou a escolhê-la para dar início à sua carreira musical?

“Gostar demais” foi a primeira de todas — a música que abriu a torneira. O Daniel compositor nasceu com ela, e acho que nada mais justo do que ser também a primeira a ser lançada. Ela é, inclusive, a faixa que abre o álbum, que será lançado em breve.

Essa música nasceu de uma tentativa de rir dos meus fracassos amorosos. Toda vez que entro num relacionamento, nunca é pela metade. Do início da pandemia até o momento em que escrevi essa canção, já tinha ado por dois términos.

Na tentativa de aliviar a angústia que ficou, comecei a ouvir muito blues e blues rock nesse período. Mas só escutar já não era suficiente, então fui escrever. No mesmo dia, “Gostar Demais” ficou pronta.

Vivendo essa nova fase como cantor e compositor, o que mais tem te encantado? E quais têm sido os principais desafios até aqui?

Acho que eu precisava encontrar uma forma de expressar meus sentimentos. Fui ator a vida inteira e, por mais que interpretar um personagem seja maravilhoso, no fim das contas, você está dando vida a algo que, na essência, é de outra pessoa. Por mais que a gente coloque a nossa marca ali, ainda é a visão do autor.

Nunca tinha participado de um projeto tão pessoal, e acho que é isso que torna essas músicas tão especiais. Poder ser eu mesmo e me expressar por meio da minha arte tem sido uma experiência muito boa.

Claro que estar à frente de um projeto como esse, sendo um artista independente, traz uma série de desafios: saber como investir os recursos da melhor forma, encontrar espaço para mostrar o trabalho, dar conta de tarefas que vão muito além de cantar e tocar — como montar apresentações, lidar com burocracias, entre outros.

Mas, por sorte, consegui me cercar de pessoas incríveis. Minha equipe não é grande, mas é formada por gente que realmente me ajuda e torna tudo mais leve.

O maior desafio, sinceramente, tem sido lidar com a resistência de algumas pessoas ao fato de eu também ser músico. Tem gente que acha que não podemos ser mais de uma coisa, que precisamos caber numa caixinha. Para algumas pessoas, eu sou ator e ponto. Tenho que ficar nessa prateleira. Mas isso foge ao meu controle. O que posso fazer é continuar meu trabalho e aproveitar o apoio de quem está curtindo essa nova fase da minha música.

Com o lançamento do álbum previsto para o segundo semestre, quais são suas expectativas para esse projeto? O que o público pode esperar em termos de sonoridade e novidades? Há muitos palcos em mente?

Desde que escrevi “Gostar Demais” até agora, foram dois anos e meio trabalhando nesse projeto. Não tenho a pretensão de me tornar um artista mainstream — até porque o rock, infelizmente, já não ocupa mais esse espaço. Mas, se eu conseguir entregar às pessoas, através da minha música, o mesmo alívio e a mesma catarse que sinto ao ouvir meus artistas favoritos, já vou me sentir realizado.

O nome do álbum é “Implosão”, que parte da ideia de um olhar explosivo voltado para dentro. Apesar de ter faixas de rock com uma pegada mais blues, como “Gostar Demais”, o disco também traz músicas que se aproximam do punk, outras mais grunge. No fim das contas, é um álbum de rock com muitos sabores, com músicas que vieram dos meus momentos mais negativos.

Como você avalia sua experiência com a Abramus até o momento? De que forma contar com uma entidade que protege os direitos autorais faz diferença para você, especialmente nesse início de trajetória musical?

Minha experiência com a Abramus tem sido excelente. Quem me indicou foi meu guitarrista, Celso Henrique, que já era filiado. Sempre que tenho dúvidas, recebo respostas rápidas e, quando surge alguma questão, o que é raro, tudo é resolvido com agilidade.

No processo de registro das minhas obras e fonogramas, tudo foi feito dentro do prazo, aliás, com bastante antecedência, junto ao ECAD. Diante do cuidado e da eficiência com que minhas músicas têm sido tratadas, sinto que escolher a Abramus foi, sem dúvida, uma ótima decisão.

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